Wednesday, February 03, 2010

Daily entry 2.2

"Fui crescendo. Tornei-me homem, casei e quase morri aperreado entre paredes sem janelas donde visse o mundo. Cheguei a crer que o mundo era a minha aldeia, que Deus era irmão d'el-rei e que as más colheitas eram consequências dos pecados humanos...
Um dia entrou uma mulher na minha vida. Entrou de tal forma, senhor, que tomou posse dela. À minha volta começaram a ruir as paredes. As coisas, tal como ela as via e mas mostrava, começaram, de repente, a perder a sua pequenez... (...)
Dei-lhe tudo o que tinha: o corpo, que apesar de esposado estava mais seco do que um poço no fim do Verão, a alma, que, de tão aperreada, nunca chegara a desabrochar. Vivi com ela os anos mais felizes da minha vida. Olhando para trás, parece-me que nunca conheci outro viver.
Se alguém teve tudo, esse alguém fui eu." in F.H.L. (adaptado)


Nem tudo é como se quer, mas nem tudo é o pior que se poderia desejar. Muito se chora, mas muito se aprende.
O tempo é matreiro e a sorte é madrasta, mas o destino é certo, e só ele o é.
Marchemos pois, adiante.

Tudo foi mais ou menos bem. Senti o toque e tive o momento, isso bastar-me-á por agora.
E o coração corre enquanto a alma gatinha...


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