Friday, February 12, 2010

Daily entry 2.02

É com os dedos cheios de cola e o pulso dormente do rasgar da caneta que digo a mim próprio que tudo vale a pena. Que acreditar e lutar é metade da equação, e que me convenço que tu vês isso, e que uma parte de ti quer acreditar comigo.
Eu já não tenho sonhos, vejo a vida a papel vegetal.
Nunca fui tão franco, mas nunca fui tão forte.
Nunca tive que o dizer antes de o sentir, e nunca tive que o sentir antes de o dizer.

São muitas cores ao mesmo tempo; as cores são vida. Nelas, tu sais do papel e tornas-te parte de mim, parte do que eu faço, do que eu digo, do que eu penso. São cores que me levam e me trazem de ti. Mesmo que o dia tenha sido fraco, como foi, mesmo que os alicerces da esperança sejam toscos, como são, mesmo que nem eu acredite no meu vencer, como não acredito.
Tu és isso e muito mais; és cor.

Eu sou papel em branco, em que podes escrever ou somente poisar na gaveta da impressora e deixar andar. Mas há que ver as cores, confiar nelas e imaginar que elas são tu, e que tu também és nós. Há que ser eu e tu, em sonhos, sentimentos e objectivos.
Há que ser forte e lutar. Mesmo que no fim do dia seja só isso que se leve p'ra casa: a luta.



"É um amor de papel, frágil e opaco, leve e branco, feito de ideias, de sonhos, de esperança e de muitas cores. Um amor sem planos nem projectos, quase adolescente, intenso, puro e perfeito, que não precisa de provas nem palavras." M.R.P.