"Meu amor, meu Bem, me ame Não vá prá Miami meu amor, meu bem, me queira ‘Tô solto na buraqueira ‘Tô num buraco Fraco como galinha d'angola... Meu amor, meu amor manda Não vá prá Luanda Não vá prá Aruba Se eu descer Você suba aqui no meu pescoço Faça dele seu almoço Roa o osso e deixe a carne... (...) Meu amor, meu bem, me leve De ultraleve De avião, de caminhão De zepelim... (...) Você é a minha cura Se é que alguém tem cura Você quer que eu Cometa uma loucura..? Se você me quer… cometa..." Z.B.
Já soube e já não sei.
O caos, o desespero, a agonia, estão neste momento a trocar passos com o vazio. Com uma sensação de vazio que eu nunca trouxe, mas que o mundo me manda aprender. Só o medo fica, e tortura os sonhos numa camisa de forças. Apesar disso eu prefiro pensar que sou eu. Que há momentos para tudo, mas que no fim sou eu.
E que só tenho que fazer das tripas coração, enganar a mente entretendo-me com afazeres despropositados, não deixando que ninguém note que o mundo desabou.
As paredes têm rachas, mas eu sei duas ou três coisas sobre bricolage. Consigo pegar em dois marcadores, e dum defeito criar uma flor, um coração, ou uma palermice qualquer que te arranque um sorriso.
Consigo fazer duas linhas cegas, entrelaça-las, cruza-las e dar-lhes sentido.