Sunday, February 14, 2010

Daily entry 2.04

"Meu amor, meu Bem, me ame
 Não vá prá Miami
meu amor, meu bem, me queira
 ‘Tô solto na buraqueira
 ‘Tô num buraco
 Fraco como galinha d'angola... Meu amor, meu amor manda Não vá prá Luanda Não vá prá Aruba
 Se eu descer
 Você suba aqui no meu pescoço
 Faça dele seu almoço
 Roa o osso e deixe a carne... (...) Meu amor, meu bem, me leve
 De ultraleve
 De avião, de caminhão
 De zepelim... (...) Você é a minha cura
 Se é que alguém tem cura
 Você quer que eu
 Cometa uma loucura..? Se você me quer…
cometa..." Z.B.

Já soube e já não sei.

O caos, o desespero, a agonia, estão neste momento a trocar passos com o vazio. Com uma sensação de vazio que eu nunca trouxe, mas que o mundo me manda aprender. Só o medo fica, e tortura os sonhos numa camisa de forças. Apesar disso eu prefiro pensar que sou eu. Que há momentos para tudo, mas que no fim sou eu.

E que só tenho que fazer das tripas coração, enganar a mente entretendo-me com afazeres despropositados, não deixando que ninguém note que o mundo desabou.


As paredes têm rachas, mas eu sei duas ou três coisas sobre bricolage. Consigo pegar em dois marcadores, e dum defeito criar uma flor, um coração, ou uma palermice qualquer que te arranque um sorriso.

Consigo fazer duas linhas cegas, entrelaça-las, cruza-las e dar-lhes sentido.